Salve galera!!
Como vocês já sabem, fui convidada a ser colunista do blog "Vícios em páginas". Esta é a minha resenha postada originalmente por mim lá no blog. Vamos conferir?
Tipo: Livro
Páginas: 333
Editora: Novo Conceito
Sinopse Skoob: Hillary Van Wetter foi preso pelo homicídio de um xerife sem escrúpulos e está, agora, aguardando no corredor da morte. Enquanto espera pela sentença final, Van Wetter recebe cartas da atraente Charlotte Bless, que está determinada a libertá-lo para que eles possam se casar. Bless tentará provar a inocência de Wetter conquistando o apoio de dois repórteres investigativos de um jornal de Miami: o ambicioso Yardley Acheman e o ingênuo e obsessivo Ward James.
As provas contra Wetter são inconsistentes e os escritores estão confiantes de que, se conseguirem expor Wetter como vítima de uma justiça caipira e racista, sua história será aclamada no mundo jornalístico. No entanto, histórias mal contadas e fatos falsificados levarão Jack James, o irmão mais novo de Ward, a fazer uma investigação por conta própria. Uma investigação que dará conta de um mundo que se sustenta sobre mentiras e segredos torpes.
Best-seller do The New York Times, Paperboy é um romance gótico sobre a vida aparentemente sossegada das cidades do interior. Um thriller tenso até a última linha, que fala de corrupção e violência, mas que, ao mesmo tempo, promove uma lição de ética.
Opinião: Uma ideia louca e maravilhosa.
Pete Dexter, da maneira mais covarde e sensacional, nos convida a introverter-se em sua narrativa, quando aludia a integridade do homem. A história é contada por Jack James – até então, motorista de caminhão do jornal Moat County Tribune que pertence ao seu pai - e desvendam os mistérios do assassinato do xerife Thurmond Call, homem cujas ações sem escrúpulos jamais foram contestadas naquela cidadezinha racista e suscetível. Hillary Van Wetter, foi o homem acusado e preso pelo homicídio.
Junto com seu irmão Ward e do fátuo Yardley Acheman – jornalistas aclamados -, Jack, ver-se entrelaçado numa teia de mentiras, o que para o delírio do leitor, incita ainda mais sua curiosidade fazendo aquela pequena cidade linear do interior revelar seu lado lúgubre e torpe.
Fui completamente sequestrada por Dexter em seu romance e sem piedade alguma, banida e privada do seu néctar de emoções viciosas. Não queria aludir o fato de que eufórica e enlouquecida, iniciei uma busca - frustrada - pelo filme mesmo sabendo que a cinematografia denigre a perfeição do livro e dos personagens.
Jamais vi personagens tão vivos. Personagens com personalidade, daqueles que um adjetivo apenas é insuficiente para descrevê-los. Fastuosos, ingênuos, críticos, ambiciosos, aproveitadores, invejosos, ilícitos...
A leitura é concisa, fácil e consequentemente dinâmica. Apesar de se passar em outra década, engana-se quem acha que encontrará as mais estranhas gírias da época. Linguagem corriqueira e fonte perfeita.
Contudo, apesar de todas as maravilhas que me cegaram ainda assim ofereceria um novo final a Paperboy, o final que – para mim – tornaria tudo perfeito e não me faria chorar de raiva.
Para Paperboy, um Beijo Dourado.
Trailer
PS: Quem achar o filme por favor avise-me.
Beijos, Milla Almeida.
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