PÓLVORA, TICO SANTA CRUZ

Sinopse: A novela policial originalmente publicada na internet com mais de 300 mil leitores.

Pólvora é o livro proibido do roqueiro Tico Santa Cruz, definido pelo próprio autor como uma narrativa "psicótica, suja e violenta". Inicialmente escrito em capítulos curtos para postar em seu blog, em poucas semanas virou fenômeno na rede. Uma leitura intensa e chocante sobre terror e caos, hipocrisia e preconceitos, política e serial killers. Mas, acima de tudo, sobre o lado mais sombrio de cada um de nós.

Autor: Tico Santa Cruz

Páginas: 168

NOTA 5/5

Somos guiados por um personagem sem nome que narra a alteração de seu cotidiano depois de conhecer Lorena, enfermeira, dona de uma vida aparentemente pacata com um gosto peculiar para o sofrimento.



 A narrativa já começa intensa em um momento sem escrúpulos onde os personagens acabam de cometer seu primeiro crime, por motivação banal, expressando seu lado psicótico e devastador.

O pouco que sabemos do personagem é o que ele nos conta ao decorrer da história, seu antigo emprego como banqueiro, sua necessidade de aprovação da sua mãe e a relação com seus amigos na infância, e será nesse diálogo que ele irá nos introduzir em seu novo mundo, o qual, aceitou sem qualquer esforço guiado pelo desejo e curiosidade. Conhecemos as deficiências afetivas e emocionais do mesmo, estando atento ao seu comportamento libidinoso.

Lorena, por sua vez, uma personagem que não esconde aus verdadeiras intenções nem os meios pelos quais está disposta a guiar-se. Impudica, intransigente, autera, nos surpreende quando sem excitação é capaz de atos execráveis.

Toda a narrativa, como dito antes, é dirigida pelo ex banqueiro, com sua visão dos aspectos e das ações. Apesar de se surpreender com o comportamento de sua parceira, em nenhum momento pensa em abandonar aquele novo plano e afastar-se dela.

Com o desenrolar da história, outros personagens são introduzidos ao mundo deles, atraídos pela sensação de liberdade e impunidade.

O final da história é de todo, o mais esperado, e não falha com o leitor. Se você é daqueles que ler as últimas linhas, não faça isso com Pólvora, porque as último.as duas palavras remeten-se ao destino do personagem.

Claro que eu amei a historia, e como todo horror urbano, trabalha com o mais sujo do ser humano e ainda assim, fascinando o leitor.

Li e recomendo.

Milla Almeida.